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Big Techs na mira do Senado dos Estados Unidos

Publicado por:

Leticia Pinheiro (bolsista CNPq) e Breno Alencar (coordenador do NUPEC)

 Em audiência realizada no dia 31 de janeiro de 2024, o Comitê Judiciário do Senado dos EUA questionou os CEOs das cinco maiores big techs sobre segurança de suas plataformas e possíveis danos das redes sociais em adolescentes. 

Senadores de ambos os partidos criticaram as empresas por falhas em proteger os jovens de conteúdos nocivos, como cyberbullying, desinformação, exploração sexual e extremismo. A manipulação de algoritmos para viciar usuários e aumentar o tempo de tela também foi alvo de críticas.

Os executivos convidados incluíram:

  • Mark Zuckerberg, CEO da Meta (anteriormente conhecida como Facebook), que pediu desculpas às famílias que perderam jovens por conta das redes sociais e reafirmou o compromisso de investir em segurança.
  • Evan Spiegel, CEO do Snap, também pediu desculpas às famílias cujos filhos morreram após comprarem drogas por meio do Snapchat e detalhou os esforços da empresa para proteger os jovens usuários.
  • Shou Zi Chew, CEO do TikTok, foi questionado sobre a conexão da empresa com a China e o nível de acesso e influência que a plataforma concede ao governo chinês.
  • Linda Yaccarino, CEO do X (anteriormente conhecido como Twitter), também participou da audiência.

O comitê debateu o “lado obscuro” das redes sociais e a necessidade de responsabilizar as empresas pelas consequências de seus produtos. Os CEOs, por sua vez, defenderam seus esforços para proteger os usuários, mas reconheceram que há mais a ser feito. Afirmaram investir em medidas de segurança, como filtros de conteúdo e ferramentas de controle parental. No entanto, senadores questionaram a efetividade dessas medidas e a falta de transparência dos algoritmos.

A audiência marca um momento crucial no debate sobre o poder das Big Techs e a necessidade de regulamentação. O foco na segurança das crianças e na saúde mental pode levar a novas leis que limitem o poder das plataformas e as obriguem a proteger seus usuários mais vulneráveis.

🇬🇧 In a hearing held in the US Senate, politicians questioned the CEOs of the five biggest big techs about the safety of their platforms and the possible harm of social networks on teenagers. The CEOs, for turn, defended their efforts to protect users, but acknowledged that there is more to be done. The focus on children’s safety and mental health could lead to new laws that limit the power of platforms and force them to protect their most vulnerable users.

🇪🇸 En una audiencia realizada en el Senado de Estados Unidos, los políticos interrogaron a los CEO de las cinco grandes tecnológicas sobre la seguridad de sus plataformas y el posible daño de las redes sociales en los adolescentes. Los CEO, por su parte, defendieron sus esfuerzos por proteger a los usuarios, pero reconocieron que aún queda mucho por hacer. La atención prestada a la seguridad y la salud mental de los niños podría dar lugar a nuevas leyes que limiten el poder de las plataformas y las obliguen a proteger a sus usuarios más vulnerables.

Referências: Kange, Cecilia. McCabe, David. ‘You product is killing people’: tech leaders denounced over child safety. The New York Time. Washington, 31 jan 2024.

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