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Uma teoria da teoria do smartphone

Publicado por:

Gabriel Vieira de Souza, Tradutor do LABTEC

Em seu artigo A theory of a theory of the smartphone (Uma teoria de uma teoria do smartphone) Daniel Miller discute como teorias formadas dentro das ciências sociais, principalmente na antropologia e em estudos culturais, têm cada vez mais se tornado parte do processo excludente da sociedade à medida que elas entram no processo de fetichização, que segundo o autor é “[…] o que antes era um meio de esclarecer e explicar o mundo se tornou um fim em si mesmo.” (Miller, 2021), ou seja, as teorias que deveriam buscar explicar a sociedade acabam por perpetuar as diferenças dos sujeitos ao não criar uma norma padrão para o desenvolvimento dessas teorias.

Para definir as teorias sem fetiches o autor toma como exemplo duas teorias da antropologia digital que discutem o Smartphone, primeiro como Transportal Home, que busca entendê-los menos como um objeto que usamos e mais como uma casa que agora vivemos, e segundo como Beyond Anthropomorphism, teoria que discute como apesar de não parecer nem um pouco com um humano o smartphone é capaz de transcender a busca centenária dos humanos por uma máquina antropomórfica dado a forma como nos relacionamos com o mesmo.

A partir dessas teorias o autor vai buscar esclarecer não como formalmente definir o que é teoria mas sim como podemos melhor assumir as responsabilidades por trás das teorias que criamos e suas consequências, assim como discutir formas de tornar essas teorias mais democráticas, seja pela sua linguagem ou maior acessibilização.

🇬🇧 In the article A theory of a theory of the smartphone, Daniel Miller discusses how theories formed within the social sciences have increasingly become part of society’s exclusionary process as they enter the process of fetishization. To define theories without fetishes, the author takes as an example two theories from digital anthropology that discuss the Smartphone. Based on these theories, the author seeks to clarify not how to formally define what theory is, but how we can better assume the responsibilities behind the theories we create and their consequences.

🇪🇸 En el artículo A theory of a theory of the smartphone, Daniel Miller analiza cómo las teorías formadas dentro de las ciencias sociales se han convertido cada vez más en parte del proceso de exclusión de la sociedad al entrar en el proceso de fetichización. Para definir las teorías no fetichizadas, el autor toma como ejemplo dos teorías de la antropología digital que hablan del smartphone. A partir de estas teorías, el autor pretende aclarar no cómo definir formalmente qué es la teoría, sino cómo podemos asumir mejor las responsabilidades que se esconden tras las teorías que creamos y sus consecuencias.

Referência: MILLER, Daniel. A theory of a theory of the smartphone. International Journal Of Cultural Studies, [S.L.], v. 24, n. 5, p. 860-876, 24 fev. 2021.

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