Juliana Fernandes de Lima Sousa
A pesquisa intitulada “Gênero e poder no ciberespaço: a dinâmica do assédio sexual contra estudantes do sexo feminino nas redes sociais online do Instito Federal do Pará, campus Belém” surgiu a partir de denúncias de assédio sexual de estudantes que foram praticados por professores, casos de assédio não finalizados e o protesto ocorrido na Avenida Almirante Barroso em 2022. Diante disso, o projeto de iniciação científica feito por integrantes do “Meninas na ciência” tem como objetivo compreender os comportamentos ritualísticos dos assediadores, bem como estudar os fatores que favorecem sua prevalência.
Até o atual momento da pesquisa, os resultados parciais obtidos através do banco de dados da imprensa e da página do Facebook “Meu professor abusador” mostram uma preferência dos assediadores por alunas do ensino básico com 15 anos, no qual eles iniciam sua tentativa de aprofundar a intimidade nas redes sociais, posteriormente praticando o assédio no ambiente físico. Além disso, o WhatsApp e o Facebook mostraram ser as redes sociais mais utilizadas pelos assediadores.
Por fim, a pesquisa conta com referências bibliográficas que abordam o tema do assédio sexual, como é o caso Joan Scott, Pierre Bourdieu e o canal do Youtube “Tempero Drag”, no quais esses autores discutem sobre o significado de gênero, sobre violência de gênero e os fatores sociais e culturais que atuam na prevalência do assédio sexual.
🇬🇧 The research “Gender and Power in Cyberspace” investigates sexual harassment at IFPA. The project aims to understand the behaviors of harassers and the factors contributing to the problem. Initial results indicate a preference for harassing elementary school female students, especially those aged 15, through social media. The research utilizes bibliographical references and the “Tempero Drag” channel on YouTube to address the sociocultural factors involved in sexual harassment.
🇪🇸 La investigación “Género y poder en el ciberespacio” investiga el acoso sexual en el IFPA. El proyecto busca comprender los comportamientos de los acosadores y los factores que contribuyen al problema. Los resultados iniciales indican una preferencia por acosar a alumnas de la educación básica, especialmente a las de 15 años, a través de las redes sociales. La investigación utiliza referencias bibliográficas y el canal “Tempero Drag” en YouTube para abordar los factores socioculturales involucrados en el acoso sexual.
