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REDE SOCIAL É TUDO IGUAL? SIGNIFICADOS QUE OS JOVENS ATRIBUEM EM SEU COTIDIANO

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Kirla Ferreira, pesquisadora do NUPEC, Julianne Nicodemos e Tiago Victor Borges da Silva, bolsistas de iniciação científica

Por que ter um perfil em rede social? Quais são as redes sociais que os jovens mais utilizam? Quais os conteúdos que mais costumam postar? Há diferença no conteúdo postado por eles entre as redes sociais? Estas são algumas das questões que orientam o projeto de pesquisa “Juventude, e Socialização nas Redes Sociais no Contexto da Educação Profissional e Tecnológica em Belém/PA”, que está aprovado no Edital N. 06/2023-PIBICTI/PROPPG/IFPA/CNPq, e vinculado ao Núcleo de Pesquisa em Educação e Cibercultura (NUPEC) do IFPA/Campus Belém.

O público alvo da nossa pesquisa são os discentes do IFPA campus Belém, que utilizam redes sociais (Instagram, WhatsApp, Facebook…), para, assim, entender o impacto que elas trazem em sua socialização. Realizamos pesquisa de campo, com foco na abordagem qualitativa, através de aplicação de formulário on line, em que obtivemos 33 respostas. Destes, todos informaram ter conta no Instagram e no WhatsApp.

No Instagram, jovens costumam geralmente compartilhar por meio de posts, fotos suas mais elaboradas (com criatividade e de forma intencional) e, em seus storys (assim como o status do WhatsApp que somem após 24 horas), fotos de seu dia a dia, sendo também mais elaboradas. No WhatsApp, os discentes costumam compartilhar fotos mais próximas ao real de seu dia a dia no campus, como por exemplo, fotos do quadro de aula mostrando para seus contatos a matéria ou até mesmo o nível de dificuldade aparente na mesma e momentos importantes do dia como um momento de diversão entre amigos.

Em cada perfil em rede social, os jovens falam um pouco de si e de suas preferências em linguagens e sociabilidades próprias. Isso nos mostra que, apesar de terem, inicialmente, o mesmo objetivo que é o de permitir a interação social de forma digital, as redes sociais não têm o mesmo significado entre esses jovens (pelo conteúdo que pode ser postado, pelas pessoas com quem poderão interagir, pelo tempo e pela forma que as informações podem ficar expostas), por isso a opção por se inscrever em várias delas.

Levando em consideração o interesse dos jovens em fazer amizades nas redes sociais, muitos têm a preferência por criar vínculos (no formato digital) com aqueles que possuem o melhor status nas redes sociais, com muitos seguidores, likes e visualizações, com o objetivo de conseguirem, para si, maior influência e reconhecimento pelos outros discentes, por meio daqueles ditos como mais conhecidos, ressaltando o que a autora Sibilia (2008) explicou sobre a superficialidade e necessidade de atenção que vivemos atualmente nas redes sociais.

Em comparação a Bauman (2001), na qual nada foi feito para durar de maneira concreta, temos, nas redes sociais, jovens manipulando seu próprio eu a fim de criar uma imagem perfeita de si, um personagem feito de forma rápida e fluída, que se adapta às mudanças culturais e sociais, como o objetivo de se encaixar em um ciclo social.

🇬🇧 The research project “Youth and Socialization in Social Networks in the Context of Professional and Technological Education in Belém/PA” investigated the meaning of social networks for students at the Federal Institute of Pará/Campus Belém. Field research was conducted, focusing on a qualitative approach, using an online form with 33 students. The results indicate that beyond digital social interaction, social networks do not have the same meaning, leading young people to sign up to several of them.

🇪🇸 El proyecto de investigación “Juventud y Socialización en las Redes Sociales en el Contexto de la Educación Profesional y Tecnológica en Belém/PA” investigó el significado de las redes sociales para los estudiantes del Instituto Federal de Pará/Campus Belém. Se llevó a cabo una investigación de campo, centrada en un enfoque cualitativo, utilizando un formulario en línea con 33 estudiantes. Los resultados indican que, más allá de la interacción social digital, las redes sociales no tienen el mismo significado, lo que lleva a los jóvenes a inscribirse en varias de ellas.

Referências: BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2001. LINS, Beatriz Accioly. A internet é o celular”: uma antropóloga entre smartphones, câmeras frontais e redes sociais. Internet & Sociedade, n. 2, 2020. SIBILIA, Paula. O show do eu: a intimidade como espetáculo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.

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