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NUPEC e Meninas na Ciência

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O Núcleo de Pesquisa em Educação e Cibercultura (NUPEC) esteve presente no evento Meninas na Ciência idealizado pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação do Instituto Federal do Pará e apoiado pelo IFPA/Campus Belém nos dias 24 e 25 de fevereiro. Na oportunidade, as bolsistas Wilma Beatriz (bolsista FAPESPA), Maria Vitória (bolsista CNPq) e Ana Beatriz (bolsista DPI) apresentaram os resultados de suas pesquisas junto ao Projeto “Tecnologias digitais de informação e comunicação aplicadas ao ensino”.

O trabalho escolhido pelo Coordenador Professor Dr. Breno Alencar para apresentação oral foi o resumo da bolsista Wilma Beatriz intitulado “O Ensino Remoto Emergencial: Conceito e Aplicação“.

Resumo

O Projeto de Pesquisa intitulado “Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) aplicadas ao ensino: em busca de uma reconstituição histórica da Educação a Distância e seus impactos no Ensino Remoto Emergencial durante a Pandemia Convid-19 junto ao Instituto Federal do Pará, Campus Belém”, tem como objetivo geral Reconstituir, por meio do método histórico-bibliográfico, o desenvolvimento e implementação das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) desde o aparecimento da educação a distância como ferramenta de ensino no Brasil analisando seu impacto no contexto do ensino remoto emergencial durante a pandemia do Covid-19 junto ao Instituto Federal do Pará, campus Belém.

Como discente bolsista, minha função específica na pesquisa é distinguir Educação à Distância de Ensino Remoto Emergencial e identificar estudos de caso sobre a implementação do Ensino Remoto Emergencial nas escolas brasileiras durante a Pandemia Covid-19.

O método utilizado neste trabalho tem como pressuposto a realização de leituras críticas e reflexivas de livros, artigos e arquivos digitais relacionados ao tema do projeto com o objetivo de recordar acontecimentos de maneira cronológica e, posteriormente, interpretá-los buscando relacionar a consciência dos fenômenos sociais à sua causalidade sócio-histórica. Neste sentido, as leituras foram realizadas no intuito de conhecer a metodologia e conceitos referentes à mídia e a midiatização, no intuito de obter aportes teóricos que me tornassem competente para selecionar e analisar os dados concernentes ao tema.

Após esta etapa, foram realizadas leituras voltadas aos meus objetivos na pesquisa, permitindo a obtenção dos seguintes resultados: os termos Educação a Distância (EaD) e Ensino Remoto Emergencial (ERE) são distintos. A EaD formulou-se visando diminuir as dificuldades relacionadas à localização e, com o passar do tempo, adaptou-se às condições dos docentes e discentes para alcançar um bom desempenho (CARMO, 2020), enquanto a ERE é uma tentativa de adaptar o modelo de ensino presencial através do uso das TDIC durante situações emergenciais, como a da pandemia atual. Contudo, há confusão em sua compreensão, e isso se deve à mediação de ambos os modelos através de mídias digitais de informação e comunicação (SOUZA, 2020; JOYE & MOREIRA, 2020). 

Ademais, referindo-se à aplicação das TDICs na educação no contexto pandêmico da Covid-19, percebe-se que há falta de preparo para o uso das tecnologias existentes, tanto por parte dos professores quanto dos estudantes. Percebe-se ainda que problemas de rede, falta de espaço ou equipamento adequado são os mais comumente relatados (BERTONHA, 2020; ALVES, 2020; MARQUES, 2020). 

No Brasil, o Ensino Remoto Emergencial foi implantado em abril de 2020, após orientações dadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e pelo Ministério da Educação (MEC) sobre como deveriam ser aplicadas as aulas remotas. No entanto, essa implantação se mostrou um grande impulsionador da exclusão e da desigualdade na educação, pois não garantiu qualidade no aprendizado de todos os estudantes (CUNHA, 2020). 

Por fim, observou-se durante a pandemia que a educação mediada por TDICs, que antes era menosprezada, logo tornar-se-á a mais nova forma de ensino-aprendizagem.

Palavras chave: educação, ensino remoto, TDICs, Covid-19.

Fontes:

ALVES, L. Educação remota: entre a ilusão e a realidade. Aracaju: Interfaces Cientificas, 2020.

BERTONHA, C.; BITTENCOURT, M. T.; GUANÃBENS, P. F. S. Avaliação do uso da educação a distância e do ensino remoto no ensino médio nos Institutos Federais da região sudeste antes e durante a pandemia por Covid-19. Research, Society and Development, 2020. Disponível em: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10514. 

CARMO, C. R. Z.; CARMO, R. O. S. Tecnologias de informação e comunicação na educação a distância e no ensino remoto emergencial. Niterói: Conhecimento & Diversidade, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.34119/bjhrv3n3-081. 

CUNHA, L. O ensino remoto no Brasil em tempos de pandemia: diálogos acerca da qualidade e do direito e acesso à educação. Brasília: Revista Com Censo, 2020. Disponível em: http://www.periodicos.se.df.gov.br/index.php/comcenso/article/view/924.

HJARVARD, S. Midiatização – teorizando a mídia como agente de mudança social e cultural. São Paulo: MATRIZes, 2012. 

JOYE, C.; MOREIRA, M. Educação a Distância ou Atividade Educacional Remota Emergencial: em busca do elo perdido da educação escolar em tempos de COVID-19. Research, Society and Development, 2020. 

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 1992. 

MARQUES, R.; FRAGUAS, T. A ressignificação da educação: virtualização de emergência no contexto de pandemia da COVID-19. Curitiba: Brazilian Journal of Development, 2020. 

MARTINO, L. S. Teoria das mídias digitais: linguagens, ambientes, redes. Petrópolis: Vozes, 2014. 

MARTINS, R. A covid-19 e o fim da educação a distância: um ensaio. EmRede, 2020. SOUZA, E. Educação em tempos de pandemia: desafios e possibilidades. Bahia: Cadernos de Ciências Sociais Aplicadas, 2020.

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