Juventude e rede social

Publicado por:

Tiago Victor e Juliane Nicodemos, pesquisadores do NUPEC

O presente projeto tem como objetivo compreender que significados sociais os jovens atribuem ao uso das redes sociais e como isto representa em seu processo de socialização, com isso, observamos que tipo de importância os jovens dão ao fato de se ter um perfil em rede social e as imagens de si que estes procuram transmitir a partir delas.
Nessa óptica, sabendo que nas últimas décadas a sociedade ocidental tem passado por transformações que atingem todos os âmbitos, as redes sociais se apresentam como uma nova forma de socialização (SIBILIA, 2007). Dessa maneira, essa pesquisa visa abordar acerca da superexposição que vem pautando a vida dos jovens e sobre a superficialidade que esses apresentam de maneira efêmera nas redes.
Foi realizada pesquisa de campo, por meio do google forms, com os alunos do ensino médio técnico do IFPA campus Belém. Nesse sentido, essa pesquisa foi realizada, com foco na abordagem qualitativa que continha um total de 27 perguntas, sendo 21 objetivas e 6 subjetivas.
Com base nas respostas do google forms obtivemos como resultado geral que os jovens apresentam uma certa necessidade de expor seu cotidiano nas redes, a exemplo de vídeos e fotos nos status e stories do WhatsApp e Instagram sobre seu dia.
Ademais, esses jovens apresentam uma abordagem efêmera nas redes, tal qual mencionado por Bauman em sua obra “Modernidade Líquida”, na qual ele afirma que a sociedade atual manipula fatos e opiniões para sentir-se pertencente a um determinado meio, sendo que essas opiniões e ações adaptam-se de acordo com a necessidade do meio, fazendo com que as pessoas desenvolvam atitudes e comportamentos momentâneos, sendo que tal comportamento é estendido para as redes sociais, no qual essa serve como uma extensão do próprio corpo do usuário (LINS, 2020).
Sendo assim, segundo Bauman (2001), na qual defende a premissa de que nada foi feito para durar de maneira concreta, isto é, temos uma realidade de socialização nefasta onde os jovens utilizam as redes sociais como ferramenta de manipulação do seu próprio eu a fim de criar uma imagem perfeita de si, um personagem feito de forma rápida e fluída que se adapta às mudanças culturais e sociais, como o objetivo de se encaixar em um certo ciclo social.

🇬🇧 The project aims to understand what social meanings young people attribute to the use of social networks and how this is represented in socialization. The research addresses overexposure in the lives of young people and the superficiality displayed in an ephemeral way on the networks. As Bauman mentions in his work “Liquid Modernity”, nothing was made to last in a concrete way, we have a reality of harmful socialization where young people use the media to manipulate their own selves to create a perfect image of themselves.

🇪🇸 El proyecto pretende comprender qué significados sociales atribuyen los jóvenes al uso de las redes sociales y cómo esto se representa en la socialización. La investigación aborda la sobreexposición en la vida de los jóvenes y la superficialidad mostrada de manera efímera en las redes. Como menciona Bauman en su obra “Modernidad líquida”, nada fue hecho para durar de manera concreta, tenemos una realidad de socialización dañina donde los jóvenes usan los medios para manipularse a sí mismos y crear una imagen perfecta de sí mismos.

🇨🇳 该项目旨在了解年轻人对社交网络的使用赋予哪些社会意义,以及这在社交化中如何体现。该研究解决了年轻人生活中的过度曝光以及网络上短暂表现出来的肤浅现象。正如鲍曼在他的著作《流动的现代性》中提到的那样,没有什么能够以具体的方式持久存在,我们面临着有害的社会化现实,年轻人利用媒体操纵自己,创造完美的自我形象。

Traduzido por: Iury Guerreiro (nadadorblm@hotmail.com)

Referência:

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2001. 258 p. 

LINS, Beatriz Accioly. A internet é o celular”: uma antropóloga entre smartphones, câmeras frontais e redes sociais. Internet & Sociedade, n. 2, 2020. 

SIBILIA, Paula. O show do eu: a intimidade como espetáculo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007. 286 p. 

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